Outros tempos

"O maior defeito dos livros novos é impedir a leitura dos antigos." (Joseph Joubert)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Uma breve história do trigo

Rogério Ribeiro
Rogério Ribeiro (Estremoz, 31 de Março de 1930 - Lisboa, 10 de Março de 2008) foi um artista plástico português.


Fez a sua formação académica em pintura, na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, actual Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Foi sócio-fundador da Gravura — Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses (1956), onde desenvolveu intensa actividade como gravador. Trabalhou em cerâmica e em tapeçaria por encomenda de particulares, empresas e organismos oficiais. Em 1961 iniciou a sua actividade de professor de Pintura e Tecnologia na Escola de Artes Decorativas António Arroio (Lisboa). Primeiros trabalhos no âmbito do Design de Equipamento e Gráfico (1964) e colaboração com vários arquitectos nos estudos de cor e integração de materiais e trabalhos artísticos.
Foi professor da ESBAL desde 1970, instituição onde, em 1974, coordenou o grupo de trabalho de reestruturação do currículo escolar na área do Design. Em 1983 foi co-autor do projecto da Galeria de Desenho do Museu Municipal de Estremoz, com Joaquim Vermelho, Armando Alves e José Aurélio, entre outros.
Foi igualmente autor:
• Do projecto e montagem da Casa Museu Manuel Ribeiro de Pavia, em Pavia (Mora) (1985);
• Do projecto museológico da Fortaleza de Peniche (1987).
Dirigiu, desde 1988, a Galeria Municipal de Arte de Almada e, a partir de 1993 foi director da Casa da Cerca — Centro de Arte Contemporânea, em Almada.
No domínio da azulejaria realizou inúmeras obras, onde se destacam:
• A estação de metro da Avenida, em Lisboa (1959); • O átrio Norte da estação de metro dos Anjos, em Lisboa (1982);• O painel «Azulejos para Santiago» para a estação de metro de Santa Lucia, em Santiago do Chile (1996); • O painel «Mestre Andarilho» para o Fórum Romeu Correia, em Almada (1997); • Um painel para a estação de caminhos-de-ferro de Sete Rios, em Lisboa (1999); • Um painel para o Arquivo Histórico Municipal de Usuqui, no Japão (1999); • O painel «O Lugar da Água», no Espaço Museológico da rua do Sembrano, em Beja; • O «Monumento à Mulher Alentejana», inaugurado em 8 de Março de 2008, no Parque da Cidade, em Beja.


Expôs colectivamente desde 1950 e individualmente desde 1954. No domínio da ilustração de livros, uma das suas obras mais conhecidas é a da ilustração da edição de grande formato do romance de Manuel Tiago/Álvaro Cunhal «Até Amanhã Camaradas».
Outros títulos que ilustrou:
• Casa da Malta, de Fernando Namora (1956);
• Minas de S. Francisco, de Fernando Namora (1955);
• A vida mágica da sementinha: uma breve história do trigo, de Alves Redol (1956).
Rogério Ribeiro está representado em diversas colecções particulares, instituições privadas e museus. Em 2006 o Município de Estremoz, atribuiu-lhe a Medalha de Ouro da Cidade de Estremoz


Rogério Ribeiro. In Wikipedia. [Em linha]. [Consult. em 23de Dezembro de 2009]. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Rog%C3%A9rio_Ribeiro

A coelhinha do rabito de algodão

António Fernando dos Santos (Vila Real de Santo António, 1918 -Lisboa, Agosto de 1991), mais conhecido por Tóssan, foi um pintor, ilustrador, decorador e gráfico português.

Pertenceu, desde 1947, ao Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC), onde foi cenógrafo e caracterizador.
A sua primeira obra como ilustrador foi a capa do livro «O Teatro dos Estudantes de Coimbra no Brasil».
Durante o período em que residiu em Coimbra foi o caricaturista de centenas de estudantes.
Entre 1961 e 1964, orientou os trabalhos gráficos da Embaixada do Brasil em Lisboa, cuja Biblioteca Sala Brasil decorou.
Na imprensa, foi um dos criadores do suplemento juvenil do Diário de Lisboa e colaborador do jornal humorístico O Bisnau.
Foi o autor do cartão da tapeçaria do salão nobre da Procuradoria-Geral da República, em Lisboa.
O actor Mário Viegas, amigo de Tóssan, reuniu num documento, em 1992, poemas e textos de prosa inéditos para um espectáculo intitulado Tótó, que representou a solo, nesse ano.
Alguns trabalhos de ilustração de livros
• Caldwell, Erskine (1903-1987). A coelhinha do rabito de algodão. Lisboa, Portugália, 196?.
• Colaço, Maria Rosa (1935-2004). Estas crianças aqui. Fotografias de Eduardo Gageiro. Lisboa, Terra Livre, 1979. Edição especial para o Ano Internacional da Criança.
• Dias, Maria Helena da Costa (1917). Animais: esses desconhecidos. Lisboa, Portugália, 1965.
• Freitas, António Sousa (1921-2004). Três contos para o Natal. Lisboa, Lisfarma, 196?.
• Gomes, Madalena (1928) O leão vegetariano: contos para crianças. Coimbra, Atlântida, 1975.
• Mirepoix, Camille, O leão Heitor. Lisboa, Portugália, 196?.
• Muralha, Sidónio (1920-1982). A amizade bate à porta. Lisboa, A Comuna, 1975.
• Neves, Leonel (1921-1996).
Sete contos de espantar. Coimbra, Atlântida, 1975.
O elefante e a pulga: poemas para crianças. Lisboa, Horizonte, 1976.
O livrinho dos macacos: poemas e um conto para crianças. Lisboa, Livros Horizonte, 1978.
Bichos de trazer por casa. Lisboa, A Comuna, 1978.
O menino e as estrelas e outras histórias em verso. Lisboa, Horizonte, 1979.
O policia bailarino e outros contos. Lisboa, Horizonte, 1979.
Histórias do Zé Palão. Lisboa, Livros Horizonte, 2.ª ed., 1979.
Um cavalo da cor do arco-íris: romancinho. Lisboa, Livros Horizonte, 1980.
Uma dúzia de adivinhas. Lisboa, Livros Horizonte, 1981.
O soldadinho e a pomba. Lisboa, Livros Horizonte, 1981.
Bichos de trazer por casa: poemas para crianças. Lisboa, Livros Horizonte, 1981.
João Careca, mestre detective: contos. Lisboa, Horizonte, 1984.
O mistério do quarto bem fechado. Lisboa, Horizonte, 1985.
Extraterrestre em Lisboa. Lisboa, Horizonte, 1993.

• Santos, António de Almeida (1926).
Rã no pântano: contos. Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1959.
Contos do tempo do ódio. Lisboa, Notícias, 2001.

• Semedo, Curvo (1766-1838). O velho, o rapaz e o burro: parábola. Lisboa, Prelo, 1978.

• Vicente, Gil. Gil Vicente e as crianças. Textos seleccionados por Maria Leonor de Carvalhão Buescu; pref. Paulo Quintela. Lisboa, Ministério da Educação Nacional, Comissão Nacional do V Centenário de Gil Vicente, 1965.

António Fernando dos Santos. In Wikipedia. [Em linha]. [Consult. em 22 de Dezembro de 2009]. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Fernando_dos_Santos

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A galinha Verde


A galinha verde / Ricardo Alberty ; il. de Júlio Gil

AUTOR(ES): Alberty, Ricardo, 1919-1992; Gil, Júlio, 1924-, il.
PUBLICAÇÃO: Lisboa : ática, 1959





Ricardo Alberty
Escritor português, Ricardo Eduardo Rios Rosa y Alberty nasceu a 22 de Agosto de 1919, em Lisboa, e faleceu em 1992, na mesma cidade. Frequentou o curso de Filologia Românica da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, passou o exame de Arte e Representar do Conservatório Nacional, actuando pela primeira vez, no Teatro Nacional D. Maria II, em 1952, e concluiu o curso de Desenho e Pintura da Sociedade Nacional de Belas-Artes. Autor de literatura infantil e juvenil, foi também tradutor de obras estrangeiras, entre as quais se encontram algumas de William Shakespeare. Com a sua primeira obra A Galinha Verde (1957, contos) ganhou o Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho, em 1958. Em ex aequo com Matilde Rosa Araújo, recebeu, em 1980, o Grande Prémio de Literatura Infantil da Fundação Calouste Gulbenkian, pelo conjunto da sua produção escrita. Exemplos da sua obra são A Terra Natal (1968), O Príncipe de Ouro (1971), O Cavalinho das Sete Cores (1978), O Homem das Barbas (1989) e O Guarda-Chuva e a Pomba (peça teatral).


Ricardo Alberty. In Wook. Porto Editora [Em linha]. [Consult. Em 14-12-2009]. Disponível em http://www.wook.pt/authors/detail/id/127

sábado, 12 de dezembro de 2009

Alves Redol

Constantino, guardador de vacas e de sonhos


Constantino guardador de vacas e de sonhos / Alves Redol ; fot. António Neto e do autor

AUTOR(ES): Redol, Alves, 1911-1969; Neto, António, 1928-, fotogr.
PUBLICAÇÃO: [Lisboa] : Portugália, imp. 1962

Alves Redol
António Alves Redol (n. 1911-12-29 - f. 1969-11-29), foi um dos iniciadores do movimento neo-realista em Portugal e o primeiro a conseguir ampla aceitação. A sua obra, que alterna momentos de grande intensidade lírica com quadros de descrição precisa e minuciosa, evoluiu de uma análise social fortemente documental para uma fase mais pessoal e afastada dos preceitos da escola, a partir dos finais dos anos 50. Tomou como motivos centrais os dramas humanos vividos na sociedade ribatejana e, com o Ciclo Port Wine (1949-53), também na região duriense. Autor de uma vasta obra, para além dos textos das suas conferências e artigos para os jornais, escreveu romances, contos, peças de teatro e estudos de etnografia.




Alves Redol. In Editorial Caminho. [Em linha]. [Consult. em 12-12-2009]. Disponível em http://html.editorial-caminho.pt/show_autor__q1area_--_3Dcatalogo__--_3D_obj_--_3D31817__q236__q30__q41__q5.htm
 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Rómulo de Carvalho



História do Telefone
por Rómulo de Carvalho.
1.ª ed. – Coimbra : Atlântida, 1952.




















Além das obras escolares, indicar-lhe-ei os volumes que publiquei na ‘Cosmos’… e uns volumezinhos, de que gosto muito, com a designação geral ‘Ciência para Gente Nova’ onde publiquei várias histórias de ciência, sem fadas nem milagres…”
Carta a Jorge de Sena, 1 de Julho de 1958



Rómulo de Carvalho (1906-1997)
Rómulo de Carvalho foi professor, pedagogo e autor de manuais escolares, historiador da ciência e da educação, divulgador científico e poeta.

Rómulo Vasco da Gama de Carvalho nasceu em 24 de Novembro de 1906, na Rua do Arco do Limoeiro, em Lisboa. Filho de José Avelino da Gama de Carvalho, natural de Tavira, e de Rosa das Dores Oliveira Gama de Carvalho, natural de Faro. Fez a instrução primária no Colégio de Santa Maria, em Lisboa.

Entre 1917 e 1925 estudou no Liceu Gil Vicente. Em 1925 matriculou-se no Curso Preparatório de Engenharia Militar da Faculdade de Ciências.

Em 1928 mudou-se para o Porto, onde se matriculou no curso de Ciências Físico-Químicas, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que concluiu em 1931. Passados três anos realizou o Exame de Estado para o Ensino Liceal, iniciando a actividade docente no Liceu de Camões (Lisboa), continuando no Liceu D. João III (Coimbra) e, depois no Liceu Pedro Nunes (Lisboa), sendo aqui Professor Metodólogo a partir de 1958. A partir de 1946 foi um dos directores da Gazeta de Física, órgão da Sociedade Portuguesa de Física, cargo que exerceu até 1974.

Em 1952 na Atlântida Editora (Coimbra), iniciou a publicação de uma colecção de livros de divulgação, onde, sob a forma de interessantes histórias, se referia à descoberta de importantes instrumentos científicos. A História do Telefone foi o primeiro título desta colecção, que continuou depois com a história da fotografia, dos balões, da electricidade estática, do átomo, entre outras. Em 1953 publicou o Compêndio de Química, para o 3º ciclo.

Em 1956 publicou, com o pseudónimo de António Gedeão, o seu primeiro livro de poesia, Movimento Perpétuo (Coimbra), seguido de outros livros, Teatro do Mundo, em 1958 e Máquina do Fogo, em 1961. Em 1963 publicou a peça de teatro RTX 78/24.
Em 1964, para comemorar o 4º Centenário do nascimento de Galileo Galilei, escreveu o "Poema para Galileo", que foi traduzido para língua italiana por Roberto Barchiesi, e publicado, em edição bilingue, pelo Istituto Italiano di Cultura. Este poema, musicado e cantado por Manuel Freire, conheceu uma grande expansão, tal como a "Pedra Filosofal", ou a "Lágrima de Preta".

Em 1965 foi co-director da revista do Liceu Pedro Nunes Palestra. Esta revista pedagógica publicou-se durante 8 anos. Em 1967, publicou novo livro de poesias, Linhas de Força. Foi membro da direcção do Boletim do Ensino Secundário do Ministério da Educação (de 1973 a 1975 ).
Em 1974, concluindo 40 anos de actividade docente, aposentou-se da Função Pública. Em 1983 tornou-se Sócio Correspondente da Academia das Ciências de Lisboa
e em 1992 passou a Sócio Efectivo.

Em 1984 publicou Poemas Póstumos, de António Gedeão, que foram seguidos, em 1990, pelos Novos Poemas Póstumos.

A 10 de Junho de 1987 foi nomeado, pelo Presidente da República, Grande Oficial da Instrução Pública. Em 1990 foi nomeado Director do Museu Maynense, da Academia de Ciências de Lisboa. Em 1992, a Escola Secundária da Cova da Piedade adoptou como patrono o nome de António Gedeão. A 8 de Junho de 1995, a Universidade de Évora conferiu a Rómulo de Carvalho o grau de Doutor 'Honoris Causa'.

Em 1996, com o patrocínio do Ministério da Ciência e da Tecnologia e com a participação de muitos organismos, promoveu-se uma Homenagem Nacional a Rómulo de Carvalho/António Gedeão. A 15 de Novembro de 1996, foi atribuída a Rómulo de Carvalho da Medalha de Prata da Universidade Nova de Lisboa, na Faculdade de Ciências e Tecnologia.
A 17 de Dezembro de 1996, o Presidente da República atribuiu-lhe a Grã Cruz da Ordem de Mérito de Santiago da Espada, na Escola Secundária Pedro Nunes. A 18 de Dezembro de 1996, foi-lhe atribuída, pelo Ministro da Cultura, a Medalha de Mérito Cultural, na Fundação Calouste Gulbenkian.
Faleceu em 19 de Fevereiro de 1997 na cidade de Lisboa.

Historiador da Ciência
Foi em Coimbra, no Liceu Normal D. João III, onde permaneceu no período de 1950 a 1957, que Rómulo de Carvalho iniciou o seu trabalho de investigação em História da Ciência em Portugal. Aí conviveu com Joaquim de Carvalho e com Silva Dias e entrou em contacto com o Gabinete de Física Experimental pombalino e os trabalhos que sobre este Mário Silva já elaborara. É deste período a sua primeira obra de investigação sobre história da ciência em 1953, o livro Ferreira da Silva, Homem de Ciência e de Pensamento.

Atraíu-o a ciência do século XVIII, por razões que ele próprio explicou numa entrevista ao jornal Público em 24/11/1996: “Foi no século XVIII que se fez a transformação fundamental nos métodos de ensino. Foi o momento exacto em que o domínio da Igreja, que vinha desde o início, foi enfrentada pelos filósofos. Queria saber como é que em Portugal se tinha procedido em relação àquela movimentação que se fazia no mundo ocidental e fui à procura dos possíveis homens de ciência que entre nós tivessem trabalhado nesse sentido.”

Após a sua reforma da docência, Rómulo de Carvalho passou a frequentar assiduamente os fundos documentais da Academia das Ciências e elaborou diversos estudos sobre a própria Academia, como A actividade pedagógica da Academia das Ciências de Lisboa nos séculos XVIII e XIX (1981), a primeira de um conjunto de 16 obras que publicaria sobre o século XVIII com o patrocínio da Academia. Também na Academia estudou, recuperou e catalogou o material que servira na Aula Maynense, trazendo a público a respectiva colecção de Física, sob o título O material didáctico dos séculos XVIII e XIX do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa (1993). Estudou também a colecção de Antropologia da Academia, composta sobretudo por peças colhidas por Alexandre Rodrigues Ferreira (1756-1815) na respectiva viagem filosófica ao Brasil (1783-92).
Enquanto historiador, relacionava com frequência a actividade científica desenvolvida em Portugal com a actividade pedagógico/didáctica, pelo que em 1986 publicou a História do Ensino em Portugal, obra de referência no estudo do sistema educativo português.

Divulgador/Pedagogo
Rómulo de Carvalho desenvolveu uma actividade de divulgação científica que marcou gerações em Portugal. Os seus livros de divulgação em Ciência e Tecnologia e os seus artigos em jornais revelavam a sua preocupação com o despertar do interesse dos portugueses pelo conhecimento científico. Na Gazeta de Física publicou, até 1974, 22 artigos de divulgação científica, actualização didáctica e orientação pedagógica.

A divulgação, conforme eu gosto, é aquela que dá aos jovens as respostas que eles nunca chegaram a fazer. ‘Largo um corpo, porque é que ele cai?’ é uma coisa que pode interessar a toda a gente e trata-se de explicar isso em termos agradáveis. Para que possam ler e levá-los a pensar com mais pormenor nesse assunto e noutros.” (Entrevista, Público, 24-11-1996).

A par desta actividade de divulgação, publicou, entre 1953 e 1975, diversos manuais de ensino da Física, da Química, e das Ciências da Natureza, que por várias vezes foram reeditados, tendo sido utilizados durante vários anos nos ensinos liceal e complementar.

Destaque também para os seus cadernos de iniciação científica, onde tratava temas da Física e da Química, e para a colecção de livros “Ciência para Gente Nova”, onde esclarecia os jovens sobre temas da Física e da Química.

Rómulo de Carvalho. in Ciência em Portugal - personagens e episódios. Instituto Camões.2003. [Em linha]. [Consult. em 12-12-2009. Disponível em http://cvc.instituto-camoes.pt/ciencia/p24.html


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Apoio aos professores de línguas



No tempo em que os quadros e o giz "falavam".
Disponível no CRE para consulta por todos os saudosistas que ainda não se reformaram.



sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Nau Catrineta




Nau catrineta : livro de leitura / António G. Mattoso, A. Marques Matias
AUTOR(ES): Matoso, António G., 1896-1975; Matias, A. Marques, co-autor
PUBLICAÇÃO: Lisboa : Liv. Sá da Costa, 1947



Calvet de Magalhães
Calvet de Magalhães nasceu em Lisboa, a 8 de Março de 1913. Depois de ter concluído o curso liceal no Liceu Passos Manuel, frequentou o Curso de Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e o Curso de Cenografia na Secção de Teatro do Conservatório Nacional de Lisboa.

Foi professor e metodólogo da disciplina de Desenho no Ensino Técnico, artista plástico, jornalista e publicista. Notabilizou-se como pintor tendo recebido o Prémio Nacional de Arte Luís Lupi e o Prémio Amadeu Sousa Cardoso. Em 1956, é nomeado director da Escola Elementar Francisco de Arruda, cargo que ocupou até ao seu falecimento. Como director da escola, mobilizou pessoas e interesses em torno de múltiplas realizações de reconhecido valor, quer internas á escola (experiências pedagógicas de coeducação, integração de alunos deficientes, o 7º e 8º anos experimentais, utilização de meios audiovisuais), quer externas, de natureza cultural (organização de sessões aos sábados, com filmes e palestras por escritores, artistas, pedagogos) ou de serviço à comunidade (criação da Chiquinha - infantário, infantil e primária para filhos de professores e funcionários da área).

Não escondendo a sua preferência por uma profissão docente independente, apoiou e deu suporte logístico, como director da Escola Francisco de Arruda, ao Grupo de Estudo do Pessoal Docente do Ensino Secundário, embrião do futuro Sindicato dos Professores, desde a sua criação em 1969/70.


A menina do Mar


AUTOR(ES): Andresen, Sofia de Melo Breyner, 1919-2004; il.Azevedo, Fernando de, 1923-2002,
PUBLICAÇÃO:Lisboa : Editorial Aster, 1961
Sophia de Mello Breyner Andresen


Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto a 6 de Novembro de 1919 e faleceu em Lisboa a 2 de Julho de 2004. Da infância aristocrática e feliz passada no Porto ficaram imagens e reminiscências que povoam, de forma explícita ou alusiva, a sua obra poética e ficcional, particularmente os contos para crianças: a casa do Campo Alegre, o jardim, a praia da Granja (sobre a qual escreveria, em 1944, em carta a Miguel Torga: “A Granja é o sítio do mundo de que eu mais gosto. Há aqui qualquer alimento secreto”), os Natais celebrados segundo a tradição nórdica (também evocados por Ruben A. na sua autobiografia O Mundo à Minha Procura) foram lugares e vivências que marcaram de forma determinante o imaginário da autora.
Entre 1936 e 1939 frequentou o curso de Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Sophia colaborou na revista Cadernos de Poesia e aí fez sólidas amizades, nomeadamente com Ruy Cinatti e Jorge de Sena.
Data de 1944 o primeiro volume poético de Sophia, intitulado Poesia. Editado no ano em que autora completou vinte e cinco anos, mas incluindo alguns poemas escritos ainda no final da adolescência.
O volume Poesia é um livro inaugural por conter, neste mesmo poema, três versos que modelarmente definem uma questão central na obra de Sophia, a saber, a relação entre poesia e magia. Esses três versos são os seguintes: “Palavras que eu despi da sua literatura,/ Para lhes dar a sua forma primitiva e pura,/ De fórmulas de magia”. Pode dizer-se que constituem a primeira arte poética de Sophia e a mais importante deixa para os livros subsequentes.
Depois do casamento, em 1946, com Francisco Sousa Tavares – advogado, jornalista e politico - , a poesia de Sophia tornou-se mais interveniente e atenta às questões sociais do seu tempo.
Foi distinguida com o Prémio Camões em 1999, o Prémio Max Jacob de Poesia em 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana em 2003.
A extensa obra que nos legou reparte-se pelos domínios da poesia, da ficção, do conto para crianças, do ensaio, do teatro e da tradução.

Sophia de Mello Breyner Andresen. [Consult. 4-12-2009]. Disponível em http://www.ecolenet.nl/tellme/poesia/sophia.htm


Eurico Carrapatoso - Pequeno poemário de Sophia [excerto]
http://www.youtube.com/watch?v=vItALhNKwdA&feature=PlayList&p=D4369A451804C99E&playnext=1&playnext_from=PL&index=1

A Menina do Mar é um dos livros para crianças mais conhecidos de Sophia de Mello Breyner Andresen. Fernando Lopes-Graça compôs uma obra musical a partir deste conto.
Faz parte do Plano Nacional de Leitura português, recomendado para o estudo no 5º ano de escolaridade.
Filipe La Féria dirigiu um espectáculo baseado nesta obra.

É a história de amizade entre um rapaz e uma Menina. Ela vive no mar, e é bailarina da "Grande Raia", uma rainha dos mares, que sobre ela mantém vigilância, não a deixando realizar o seu sonho de conhecer a terra firme, onde mora o rapaz. Além disso, a menina não consegue sobreviver longe da água, pois fica desidratada, ainda que consiga respirar dentro e fora de água. O rapaz, com que estabelece amizade, tem o desejo de conhecer o fundo do mar. A história desenrola-se com a tentativa dos dois em realizar os seus sonhos.

A Menina do Mar.In Wikipédia [Consult. 4-12-2009]. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Menina_do_Mar


Fernando de Azevedo
Pintor e crítico de arte português, de nome completo José Fernando Neves de Azevedo, nascido em 1923, em Vila Nova de Gaia, foi co-fundador do Grupo Surrealista de Lisboa (1947-1951). Começou por pintar dentro das orientações do Surrealismo, evoluindo progressivamente para o Abstraccionismo. Ao longo da sua carreira artística foi distinguido com vários prémios, destacando-se o 1º prémio de pintura conquistado na II Exposição Gulbenkian. Faleceu em 2002.

Fernando de Azevedo. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-12-05].
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sábado, 14 de novembro de 2009

Poesia para a infância







AUTOR(ES): Gomes, Alice, 1910-1983, compil.; Pinheiro, Costa, il.

PUBLICAÇÃO: [Lisboa] : Ulisseia, imp. 1955

ALICE GOMES
Escritora portuguesa natural de Granjinha (Tabuaço), estudou no Porto, cidade onde também foi professora. Foi casada com Adolfo Casais Monteiro. Começou a escrever no final dos anos vinte, tendo organizado, em 1955, a antologia Poesia Para a Infância. Traduziu o Principezinho de Saint-Exupery e dedicou-se, depois de 1967, exclusivamente à literatura infantil. Fundadora e dinamizadora da Associação Portuguesa para a Educação pela Arte, desenvolveu, através dessa Associação, diversos projectos pedagógicos considerados pioneiros.
Escreveu ainda As Histórias de Coca-Bichinhos (1967), Giroflé-Giroflá (1970), Os Ratos e o Trovador (1973).
O seu espólio foi doado pelo filho à Biblioteca Nacional.
COSTA PINHEIRO

Nasceu em Moura a 6 de Janeiro de 1932 e estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio. Em 1955 ilustrou “Poesia para a Infância”, antologia de Alice Gomes, Editora Ulisseia, e o romance de John Steinbeck “Noite sem Luta”, também da mesma editora. Realiza depois a sua primeira exposição individual na Galeria Pórtico, em Lisboa.
Em 1957, parte para Munique com outros artistas e expõe em conjunto e, no ano seguinte, expõe individualmente em Lisboa e no Porto.
Entre 1960 e 1962, é Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris e membro do Grupo KWY com René Bertholo, Lourdes de Castro, Jan Voss, João Vieira, Christo, José Escada e Gonçalo Duarte.
De regresso a Portugal, é preso por razões políticas no Forte de Caxias e em 1963 regressa a Munique..
Desde então, prossegue a sua actividade artística e em 1967 recebe o Prémio de Pintura B.P.A. - Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa.
Depois de 1969, afasta-se da pintura e dos meios do comércio das artes mas continua a trabalhar em diversos projectos artísticos em Portugal e na Alemanha. Em 1976, recomeçou a pintar. Realiza diversas exposições, recebe prémios e faz ilustração de livros (“Cartilha do Marialva” de José Cardoso Pires).


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Maria Cecília Correia




Histórias da minha rua / Maria Cecília Correia ; il. Maria Keil Amaral

AUTOR(ES): Correia, Maria Cecília; Keil, Maria, 1914-, il.
PUBLICAÇÃO: Lisboa : Portugália Editora, [195-]



Maria Cecília Correia Borges Cabral Castilho (1919-1993) nasceu em Viseu e faleceu em Lisboa. Conhecida nos meios literários por Maria Cecília Correia, dedicou-se sobretudo à Literatura Infantil. Deixou um conjunto de livros inspirados no real, no quotidiano e cujas histórias têm como tema o mundo da criança: a beleza, o sonho e a magia.
Destacam-se na sua obra as Histórias da Minha Rua (Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho), Histórias de Pretos e Brancos, Histórias do Ribeiro, O Coelho Nicolau, Amor Perfeito e O Besouro Amarelo. Para adultos, publicou Pretérito Presente e Presença Viva. Colaborou na revista Modas e Bordados e no Diário Popular. A escritora apoiou várias organizações ligadas à criança, participando com outros escritores na celebração do Dia Internacional do Livro para a Infância e Juventude. Muitos dos seus textos foram inseridos na exposição Brincar Através da Pintura, no Centro Infantil Artístico da Fundação Calouste Gulbenkian.



Maria Cecília Correia. [Consult. 13-11-2009]. Disponível em ttp://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/cecilia.htm

Maria Keil
Maria Keil nasceu em Silves. Frequentou o curso de Pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa, onde foi aluna de Veloso Salgado. Em 1933 casou com o arquitecto Francisco Keil do Amaral.
Acompanhou F. Keil do Amaral toda a vida, desde que casaram muito novos e viajaram juntos, começando por uma permanência em Paris quando F. Keil ganhou o Concurso para o Pavilhão de Portugal da Exposição Universal de Paris, de 1937.
Fez pintura, sobretudo retratos; publicidade
; tentativas de renovação da talha em madeira para móveis e desenho de móveis; decoração de interiores; cartões para tapeçarias (Hotel Estoril Sol, TAP de Nova Iorque, Copenhaga, Madrid, Casino Estoril, etc.); pinturas murais a fresco; cenários e figurinos para bailados; selos; azulejos (Metropolitano de Lisboa, Av. Infante Santo, TAP de Paris e Nova Iorque, União Eléctrica Portuguesa, Casino de Vilamoura, Aeroporto de Luanda, etc.).
Ilustrou numerosas obras, nomeadamente livros para crianças. Fez desenhos para as colectâneas sobre Bernardim Ribeiro, Castro Alves, Olavo Bilac e Tomás António Gonzaga, integradas na colecção As mais belas poesias da língua portuguesa.
Escreveu e ilustrou três livros para crianças e dois para adultos: O pau-de-fileira, Os presentes e As três maçãs; Árvores de domingo e Anjos do mal.
Fez também ilustrações para revistas, nomeadamente Panorama, Seara Nova, Vértice, Ver e crer e Eva. As suas obras têm sido expostas em exposições, individuais e colectivas.


Maria Keil. [Consult. 13-11-2009]. Disponível em
http://tipografos.net/portugal/maria-keil.html


Histórias da Minha Rua (1953), de Maria Cecília Correia, foi o seu primeiro livro com ilustrações exclusivamente pensadas e sentidas para crianças. O recorte das figuras, a simplicidade dos motivos, a ausência de claro-escuro, os fundos neutros e a estilização graciosa e directa, característicos da linguagem gráfica de Maria Keil, aí se revelaram com pujança.
Para um observador muito exigente, talvez o figurino de um automóvel ou o traje de algumas figuras permitam datar as ilustrações. Nada pior para Maria Keil, que entende que «não há nada mais difícil que fazer os desenhos para ilustrar os textos», na medida em que se trata de um «trabalho difícil e perigoso» pois «se não é muito bom, fica datado
».


Maria Keil. [Consult. 13-11-2009]. Disponível em http://purl.pt/708/1/maria-keil-01.html

sábado, 7 de novembro de 2009

História de um bago de uva




História de um bago de uva / Patrícia Joyce ; il. José de Lemos

AUTOR(ES):
Joyce, Patrícia, pseud.; Lemos, José de, 1910-1995, il.

PUBLICAÇÃO: Lisboa : Soc. de Expansão Cultural, 1958



Patrícia Joyce

Nome: Dagmar Joyce Damas Mora
Pseudónimo: Patrícia Joyce
Nascimento: 1913, Lisboa
Morte: 1985, Lisboa



Ficcionista, tradutora (traduziu Gorki, entre outros autores), poeta e autora de literatura infantil, nascida em 1913, em Lisboa, e falecida em 1985, na mesma cidade, Dagmar Joyce Damas Mora adoptou o pseudónimo Patrícia Joyce.

Foi, até 1975, membro da comissão de leitura das Bibliotecas Gulbenkian.

Integrando uma geração de escritoras reveladas no período do pós-guerra, Patrícia Joyce oferece, sob o ponto de vista intimista da mulher narradora, uma ficção de cunho realista e de temática sentimental, esboçada sobre um contexto social e historicamente marcado.Bibliografia: Anúncio de Casamento e Outras Novelas, Lisboa, 1947; A Maior Distância, novelas, Lisboa, 1952; O Pecado Invisível, romance, Lisboa, 1955; O Incendiário, novela, Lisboa, 1956; Rapsódia Indecisa, Lisboa, 1958; O Dilúvio, Lisboa, 1968; Terra, Gente e Quase Gente: Cenas Vividas, Lisboa, 1980; O Livro da Comadre Cegonha, Lisboa, 1955; História de um Bago de Uva, Lisboa, 1958; Auto da Joanita e a Fonte, peça em um acto e um quadro, Lisboa, 1970; Romance da Gata Preta. Fábulas e outras Poesias, Lisboa, 1971; Gabriel dos Cabelos de Oiro e Outras Histórias, Lisboa, 1983; Arca Transitória, s/l, 1985

Patrícia Joyce. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-11-09].Disponível em http://www.infopedia.pt/$patricia-joyce




José de Lemos

Desenhador, contista e ilustrador, José Neves de Lemos nasceu no dia 23 de abril de 1910 e faleceu em 1995.
Foi um autor humorístico-satírico que foi durante muitos anos responsável pela Página Infantil do Diário Popular. Também colaborou no jornal infantil O Papagaio. Criou em 1931 a personagem de Fox, um cão detective herói de histórias aos quadradinhos : «Aventuras de Fox, o Cão Detective».
Ilustrador de livros para crianças, é o autor de «O Sábio Que Sabia Tudo» em 1944 e de «Histórias e Bonecos» em 1947.
Outras obras de José de Lemos para crianças : «O Compadre Simplório Tem os Pés Tortos», 1959, «Histórias de Pessoas e Bichos», 1959, «Seis Pequenas Histórias de Amizade», em 1979.

José de Lemos. [Consult. 7-11-2009]. Disponível em
http://etablissements.ac-amiens.fr/0601178e/quadriphonie/spip.php?article1306

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O vale dos encantos



AUTOR(ES): Lamas, Maria, 1893-1983
PUBLICAÇÃO: Lisboa : Universo, 1942

Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas (Torres Novas, 6 de Outubro de 1893 - Lisboa, 6 de Dezembro de 1983) foi uma escritora, tradutora, jornalista e portuguesa.
Maria Lamas iniciou os seus estudos na sua terra natal, onde viveu até aos dez anos de idade. Viveu também em Luanda até 1913. Durante a sua vida passou também por Paris, onde conheceu Marguerite Yourcenar.
Em 1921 casou em segundas núpcias com o jornalista Alfredo da Cunha Lamas de quem teve uma filha chamada Maria Cândida. Do primeiro casamento (1911 – 1919) com Ribeiro da Fonseca teve duas filhas.
Nas suas obras utilizou diversos pseudónimos como, Maria Fonseca, Serrana d’Ayre e Rosa Silvestre.
São especialmente dignos de nota as suas obras na literatura infantil.
Como jornalista trabalhou em diversos jornais e revistas como “A Joaninha”, “A Voz”, “Correio da Manhã”, suplemento do jornal o Século intitulado “Modas e Bordados” e na revista “Mulheres”, da qual foi directora.


Maria Lamas. In Wikipedia [em linha]. [Consult. 2009-11-04]. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_da_Conceição_Vassalo_e_Silva_da_Cunha_Lamas

A Flor Azul


AUTOR(ES): Losa, Ilse, 1913-2006; Bonito, Mário, il.
Porto : Liv. Figueirinhas, [D.L. 1955]
COLECÇÃO: Contos para as crianças ; 13


Ilse Losa
Ilse
Lieblich Losa (Melle-Buer, 20 de Março de 1913 — Porto, 6 de Janeiro de 2006) foi uma escritora portuguesa de origem judaica. Nascida na Alemanha, frequentou o liceu em Osnabrück e Hildesheim e mais tarde um instituto comercial em Hannover.
Ameaçada pela Gestapo de ser enviada para um campo de concentração devido à sua origem judaica, abandonou o seu país natal em 1930. Deslocou-se primeiro para Inglaterra onde teve os primeiros contactos com escolas infantis e com os problemas das crianças.
Chegou a Portugal em 1934, tendo-se fixado na cidade do Porto, onde casou com o arquitecto Arménio Taveira Losa, tendo adquirido a nacionalidade portuguesa.
Em 1943, publicou o seu primeiro livro "O mundo em que vivi" e desde dessa altura, dedicou a sua vida à tradução e à literatura infanto-juvenil, tendo sido galardoada em 1984 com o Grande Prémio Gulbenkian para o conjunto da sua obra dirigida às crianças. Em 1998 recebeu o Grande Prémio de Crónica, da APE (Associação Portuguesa de Escritores) devido à sua obra À Flor do Tempo.
Colaborou em diversos jornais e revistas, alemães e portugueses, está representada em várias antologias de autores portugueses e colaborou na organização e traduziu antologias de obras portuguesas publicadas na Alemanha. Traduziu do alemão para português alguns dos mais consagrados autores.
Segundo Óscar Lopes "os seus livros são uma só odisseia interior de uma demanda infindável da pátria, do lar, dos céus a que uma experiência vivida só responde com uma multiplicidade de mundos que tanto atraem como repelem e que todos entre si se repelem".

Ilse Losa. [Consult. 2009-11-04]. Disponível em http://www.wook.pt/authors/detail/id/293


Mário Bonito (arquitecto)

Detentor de uma personalidade forte e de uma capacidade criativa invulgar, Mário Bonito nasceu a 18 de Março de 1921 e ingressou na Escola Superior de Belas Artes, onde permaneceu de 1936 até 1948. A sua obra, concentrada maioritariamente na década de 50, caracteriza-se por uma aplicação pioneira dos princípios modernistas em Portugal, motivo por si só capaz de justificar a necessidade de estudar a vida e obra deste arquitecto.Apesar da sua obra, Mário Bonito distingue-se também pela intervenção activa e importante no decurso e discussão da arquitectura moderna em Portugal. Um ano após a conclusão da sua licenciatura participa no Congresso Nacional de Arquitectura de 1948, onde publica duas teses “Regionalismo e Tradição” e “Tarefas do Arquitecto”. No mesmo ano, Mário Bonito torna-se membro da ODAM (Organização dos Arquitectos Modernos).

Mário Bonito [Consult. 2009-11-04] Disponível em http://arquitecturaempessoa.blogspot.com/

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A viagem maravilhosa do combóio

A viagem maravilhosa do comboio / Adolfo Simões Müller ; il. Fernando Bento
AUTOR(ES):
Müller, Adolfo Simões, 1909-1989; Bento, Fernando, 1910-1977, il.






Esta edição da CP - para a juventude - que comemora o primeiro centenário do Caminho de Ferro em Portugal, apresenta em separata "O jogo do combóio".

1856 - 28 de Outubro - 1956




















Adolfo Simões Müller



Escritor português, nascido em 1909 e falecido em 1989, autor de literatura infantil e juvenil, no âmbito da qual recebeu vários prémios ao longo da sua carreira. Trabalhou em vários jornais como o Novidades , o Diabrete e o Cavaleiro Andante . Foi o fundador, em 1935, do semanário O Papagaio , onde se manteve até inícios de 40. Produziu programas radiofónicos e trabalhou na Emissora Nacional, mas foi como escritor de literatura infantil que se destacou.


Escreveu mais de 70 obras. As Asas de Ícaro (1925) foi a primeira, publicada quando tinha apenas 16 anos. Foi também o autor do primeiro folhetim de rádio: As Pupilas do Senhor Reitor . A obra Historiazinha de Portugal (1944) foi um dos seus grandes êxitos, cujo objectivo era contar episódios da História de Portugal, de forma simples e clara, de maneira a exaltar o patriotismo dos jovens de então. Em 1971 escreveu A Primeira Volta ao Mundo que recebeu o Prémio Nacional de Literatura.






Adolfo Simões Müller. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-29].Disponível em http://www.infopedia.pt/$adolfo-simoes-muller>.




quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O feiticeiro da cabana azul


O feiticeiro da cabana azul : lições do Império / Adolfo Simões Müller

AUTOR(ES): Müller, Adolfo Simões, 1909-1989
PUBLICAÇÃO: Lisboa : Agência Geral das Colónias, 1942
















Ilustrações de Manuel Lapa






Manuel Lapa (1914-1979)

Nasceu em Lisboa.Diplomou-se em pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa,onde foi professor.

Grande parte da sua obra foi dedicada a trabalhos de decoração, que foram iniciados na Exposiçâo do Mundo Português de 1940. Dirigiu seguidamente a decoração de pavilhões de Portugal em exposições internacionais. Ilustrador de muito mérito, executou também diversos cartões para tapeçarias, sendo um dos primeiros autores a colaborar com a Manufactura de Portalegre.


in " 50 Anos de Tapeçaria em Portugal" Lisboa, 26 de Setembro 1996 15 de Dezembro F.C. Gulbenkian

Viagens aventurosas de Felício e Felizarda ao Polo Norte













CASTRO OSÓRIO, Ana de — Viagens Aventurosas de Felicio e Felizarda ao Polo Norte. Lisboa: Lusitana Editora, 1922.






Escritora, feminista e activista republicana nascida a 18 de Junho de 1872, em Mangualde, e falecida a 23 de Março de 1935.

É considerada a fundadora da literatura infantil no nosso país. Traduziu autores estrangeiros de literatura infantil. Escreveu alguns livros que foram utilizados como manuais escolares e publicou ainda uma obra marcante na sua época, a colecção Para as Crianças, que lhe ocupou perto de quatro décadas de trabalho. Escreveu entre outras obras infantis A Comédia de Lili (teatro, 1903) e O Príncipe das Maçãs de Oiro (1935). Outros títulos dignos de realce são A Minha Pátria, As Mulheres Portuguesas (em que alia o feminismo a uma postura patriótica) e A Mulher no Casamento e no Divórcio (uma tomada de posição sobre a problemática do divórcio, que seria objecto de legislação por parte de Afonso Costa, e em que colaboraria).
Ana de Castro Osório criou ainda a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas.

Ana de Castro Osório. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-28].

Dar de beber a quem tem sede

Dar de beber a quem tem sede

atlântida livraria editora
coimbra, mil novecentos e trinta e cinco









um pequeno livro
com 72 pequenas histórias
para crianças










António Botto
Nome: António Tomás Botto

Nascimento: 17-8-1897, Casal de Concavada, Abrantes
Morte: 17-3-1959, Rio de Janeiro



Poeta, ficcionista e autor dramático português nascido a 17 de Agosto de 1897, em Casal da Concavada (Abrantes), e falecido a 17 de Março de 1959, no Rio de Janeiro.
Começou por ser empregado numa livraria de Lisboa e, depois de uma curta estadia em Angola, foi funcionário público, até, em 1942, ser expulso do cargo que ocupava e optar por um exílio voluntário no Brasil.
O seu nome encontra-se associado ao modernismo português, tendo recebido de elementos do Orpheu palavras de encarecimento, nomeadamente de Fernando Pessoa (...)
É ainda autor de obras de literatura infantil, tendo redigido pequenas narrativas exemplares para crianças nas quais predominam a fantasia, um tom ingénuo e coloquial.

António Botto. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-28].