Outros tempos

"O maior defeito dos livros novos é impedir a leitura dos antigos." (Joseph Joubert)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Clarinha

Clarinha / Alice Ogando


AUTOR(ES): Ogando, Alice, 1900-1981
PUBLICAÇÃO: Porto : Civilização, 1962
COLECÇÃO: Histórias para crianças


Alice Ogando (1900 - 1981)

"Há mulheres que parece que atravessaram o século XX todo. (...)Travo conhecimento com ela logo na Revista Ilustração (anos 20 e 30), onde apresentam a sua poesia e depois continuo acompanhá-la na imprensa feminina vária ao longo do século, até à Crónica Feminina. Ela traduziu (Stefan Zweig por exemplo), fez dramaturgia radiofónica (segundo o blog da rua Onze nos revela), escreveu argumentos para fotonovelas e inúmeros livros da Colecção Violeta. Os pseudónimos que usou eram imensos. Um deles era o da conhecida Mary Love, mas usou outros como Marge Grey ou James O´Brien. Vejo-a como uma mulher cheia de genica e sempre in. Agora sem dúvida, escreveria enredos para telenovelas. Irei dando notícias dela."

Alice no país do espelho

AUTOR(ES): Carroll, Lewis, pseud.; Tenniel, John, 1820-1914, il.; Soares, Maria das Mercês de Mendonça, trad.

PUBLICAÇÃO: [Lisboa] : Verbo, [196-?]
COLECÇÃO: Biblioteca da juventude. C, Clássicos ; 5



 Lewis Carroll



"(Daresbury, Cheshire, 1832 - Guildford, Surrey, 1898)

Escritor e matemático britânico. Homem de carácter tímido, adopta este pseudónimo para as suas obras literárias, o seu verdadeiro nome (Charles Lutwidge Dodgson) utiliza-o para as obras científicas. De formação universitária, é professor de matemáticas em Oxford e estudioso da lógica matemática. Escreve diversos relatos de falsa aparência infantil cuja matéria narrativa está, ilusoriamente, próxima do absurdo. Amador entusiasta da fotografia, elabora vários álbuns de retratos de meninas; e para uma delas, Alice Liddell, escreve a sua obra mais famosa, Aventuras de Alice no País das Maravilhas (1845). Outras obras do mesmo género são Through the Looking-Glass and What Alice Found There (continuação da anterior, cujo grande êxito compartilha), Sylvie and Bruno (carregada de um sentimentalismo moralizante) e The Hunting of the Snark. Esta última, que parece uma estranha poesia sem sentido, esconde possibilidades de interpretação simbólica que fascinam a crítica moderna.

Aventuras de Alice no País das Maravilhas é um conto de surpreendente originalidade. A pequena Alice encontra-se um dia na floresta com um coelho branco que caminha a resmungar como quando se chega tarde a um encontro. Segue-o até à sua cova, onde a menina cai por um buraco profundíssimo. A partir dali acede a um estranho mundo habitado por criaturas surpreendentes. Alice, que encontra um bolo e uma bebida que a fazem crescer ou minguar à vontade, entra no país das maravilhas, onde a rainha, rodeada da sua corte de naipes, a convida para uma partida de croquet. Toma de imediato o chá com o Chapéu Louco, a Lebre de Março e um rato do campo, e mantém uma conversação com o gato de Cheshire, que tem a virtude de aparecer e desaparecer à vontade. Assiste finalmente a um julgamento contra a Dama de Copas, mas antes de terminar Alice desperta bruscamente: tudo tinha sido um sonho. Carroll serve-se da capacidade infantil para observar a realidade com total ingenuidade, capacidade que utiliza para evidenciar os aspectos absurdos e incoerentes do comportamento dos adultos e para animar jogos encantadores baseados nas regras da lógica."

VIDAS LUSÓFONAS. Em linha. Consult. em 17-03-2010. Disponível em http://www.vidaslusofonas.pt/lewis_carroll.htm