Outros tempos

"O maior defeito dos livros novos é impedir a leitura dos antigos." (Joseph Joubert)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

A vida das abelhas



















A vida das abelhas

AUTOR(ES): Maeterlinck, Maurice, 1862-1949; Figueiredo, Cândido de, 1846-1925, trad.
EDIÇÃO: 10ª ed
PUBLICAÇÃO: Lisboa : Clássica, 1950



Maurice Maeterlinck

Maeterlinck é um autor belga que nasceu em Gante em 1862 e estudou leis na Universidade da sua cidade. Abandonou a sua profissão quando se mudou para Paris em 1886 onde conheceu os poetas simbolistas. É conhecido sobretudo pelas peças de teatro que escreveu que lhe valeram em 1911 o Prémio Nobel da Literatura.

Já nos Estados Unidos, deu aulas em 1921 e aí passou a II Guerra Mundial. As obras de Maeterlinck caracterizam-se por um estilo claro e uma linguagem simples para exprimir ideias e emoções. Se numa primeira fase, o que escreveu revela uma atitude pessimista e depressiva, mais tarde esta atitude dá lugar à crença no poder redentor do amor. Maeterlinck é também autor de muitas obras em prosa que abordam questões filosóficas e tratam da natureza do ser humano. É o caso de A vida das abelhas, escrito em 1901 e A Inteligência das flores, em 1907. Regressou à Europa quando terminou a II Guerra Mundial e morreu em 1949 em França.


Cândido de Figueiredo
 
António Cândido de Figueiredo (Lobão da Beira, 1846 — Lisboa, 1925) foi um filólogo e escritor português.

Concluiu o curso de Teologia no Seminário de Viseu, sendo em seguida ordenado presbítero. Matriculou-se depois no curso de direito na Universidade de Coimbra.
Abandonou a vida eclesiástica, para a qual fora aparentemente destinado pela família, casou e enveredou pela advocacia.
A partir de 1876 fixou-se em Lisboa, abrindo um escritório de advocacia. Apesar de ter como principal actividade a advocacia, exerceu algumas comissões oficiais por incumbência do Ministério do Reino na área da instrução pública, entre as quais o cargo de inspector das escolas do Distrito de Coimbra. Ingressou depois na carreira dos registos e notariado, sendo nomeado conservador do Registo Predial da comarca de Pinhel. Foi depois transferido para Fronteira e em seguida para Alcácer do Sal onde exerceu o cargo de presidente da respectiva Câmara Municipal.
Em 1882 foi professor provisório do Liceu Central de Lisboa. Algum tempo depois foi nomeado funcionário do Ministério da Justiça, carreira que seguiria durante o resto da sua vida profissional.
Exerceu por várias vezes as funções de director-geral interino do Ministério da Justiça. Foi ainda secretário particular de Bernardino Machado, no período em que este foi Ministro das Obras Públicas.
Para além das suas actividades profissionais, foi poeta e jornalista de grande mérito, tendo colaborado em periódicos como o Panorama (1856-1863), Aljubarrota, Lusitano, Progresso, Bem Público, Voz Feminina, Revista dos Monumentos Sepulcrais, Almanaque de Lembranças, Notícias (que depois seria o Diário Popular), Grinalda, Crisálida, País, Hinos e Flores, Repositório Literário, Tribuno Popular, Independência, Recreio Literário, Folha, Panorama Fotográfico, Viriato, Gazeta Setubalense, entre outros. Fundou e dirigiu o periódico A Capital e foi redactor do diário Globo. Entre outras publicações, também colaborou na Revista de Portugal e Brasil e no Ocidente.
Entrou depois para a redacção do Diário de Notícias, onde se manteve por muitos anos e no qual publicou crónicas literárias, que assinava com o pseudónimo de Cedef.
No campo cultural e científico, destacou-se como lexicólogo e linguista, tendo feito parte da comissão que foi encarregada em 1891 de fixar as bases da ortografia da língua portuguesa. Desta comissão faziam parte, entre outros, Carolina Michaëlis de Vasconcelos, Gonçalves Viana, Leite de Vasconcelos e José Joaquim Nunes.
Em 1887 foi eleito vogal do Conselho Superior de Instrução Pública em representação do professorado de ensino livre. Foi nomeado em 1890, pelo Ministério do Reino, membro da comissão encarregada de rever a nomenclatura geográfica portuguesa.
Foi autor do Novo Dicionário da Língua Portuguesa, originalmente publicado em 1899 e depois alvo de múltiplas reedições até ao presente. É esta a obra pela qual é mais conhecido.
Publicou também escritos de ficção e crítica, entre os quais Lisboa no ano 3000, obra de crítica social e institucional, saída a público em 1892.
Também traduziu numerosas obras de filologia e linguística. Foi, com Luciano Cordeiro, um dos fundadores da Sociedade de Geografia de Lisboa e sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras.
Por distintos serviços públicos, em 1908 foi agraciado com a Carta de Conselho.

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