Outros tempos

"O maior defeito dos livros novos é impedir a leitura dos antigos." (Joseph Joubert)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O livro de Marianinha

O Livro de Marianinha

Autor(es) Aquilino Ribeiro, Maria Keil (Ilustrador)
Editora Bertrand Editora
Local Lisboa
Data de edição 1967

Conjunto de lengalengas e toadas infantis em prosa rimada, de características muito rurais, destinadas à neta Mariana. A memória do narrador oferece imagens marcantes como o despertar da Natureza numa manhã de sol, a confecção do pão, os ovos da galinha pedrês, o canto do rouxinol, a beleza do prado na Primavera, a raposa, o burro a caminho do mercado, os bezerros que pastam no lameiro, o arraial popular, a joaninha, a liberdade que se respira no campo, o apanhar grilos, o ir aos ninhos e enriquece-as com rimas infantis que conhece. A partir da comparação da vida com um rio, fala-nos da chuva, da neve, da caça, do trabalho do pastor e recorda fábulas, a Nau Catrineta e outras histórias da sua infância.

Rui Marques Veloso
http://195.23.38.178/casadaleitura/portalbeta/bo/portal.pl?pag=sol_lm_fichaLivro&id=364



Aquilino Ribeiro


Aquilino Gomes Ribeiro (1885-1963) nasceu em Carregal de Tabosa, Sernancelhe, e faleceu em Lisboa. Com o objectivo de ser padre, frequentou o colégio jesuíta da Lapa, os seminários de Lamego, Viseu e Beja. Em 1906 abandona o seminário e fixa-se em Lisboa, dedicando-se à defesa da república através de textos conspiratórios. Devido a uma explosão no seu quarto, onde morrem dois carbonários, foge para Paris e só regressa em 1914. Dedica-se então ao ensino e junta-se ao grupo da Seara Nova. Entre 1927 e 1928, sofre algumas perseguições e chega mesmo a ser preso, conseguindo fugir para Paris. Em 1959, é-lhe movido um processo censório pelo seu romance Quando os Lobos Uivam. A sua obra romanesca insere-se numa linha camiliana. Obras: A Via Sinuosa (1918), Terras do Demo (1919), O Malhadinhas, Filhas da Babilónia (1920), Estrada de Santiago (1922), Andam Faunos pelo Bosque (1926), Romance da Raposa (1929), Batalha Sem Fim (1931), As Três Mulheres de Sansão (1932), S. Banaboião, Anacoreta e Mártir (1937), Volfrâmio (1944), Constantino de Bragança (1947), O Homem da Nave (1951), Abóboras no Telhado (1955), A Grande Casa de Romarigães (1957), etc.

Aquilino Ribeiro. Universidade do Minho. Em linha. [Consult. 17-02-2010] Disponível em http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/aquilino.htm

1 comentário:

  1. O livro de Marianha é um livro maravilhoso!
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    (Há muito tempo que estou para enviar um comentário pois gosto imenso deste sitio. Que ideia fantástica. fica a memóriavdestes livros para recordar e que bem que o faz! mdlr)

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